É um novo modo de viver o campeonato nacional de futebol. É transformar também a paixão pelo nosso clube numa boa ação. É dar uma nova cor ao campeonato – a cor da solidariedade!
É fácil. Cada jogo ganho pela equipa do nosso coração corresponde a uma moeda num mealheiro. No final do campeonato, abrimos esse tesourinho e doamos a soma apurada à APPDA Norte.
Eu já tenho o meu mealheiro!
Para perceber melhor o modo de funcionamento desta iniciativa, propõe-se a leitura da história seguinte, da autoria de Maria Clara Miguel, que nos apresenta, de forma bem-humorada, algumas sugestões. Só sugestões, porque cada um de nós é livre e criativo na “gestão” desta ação solidária.
Boa leitura e vitórias felizes!
IA
Um pensamento positivo, o prazer de uma vitória, uma boa ação
Um agradecimento muito especial à Arnalda, que, há já alguns anos, coleciona campeonatos para doar à APPDA Norte.
A família Andrade reuniu-se para celebrar, com opíparo jantar, o aniversário da Rita, que fazia dezassete anos. À mesa, enquanto vão saboreando o bacalhau com natas, especialidade da avó Sãozinha, todos conversavam, como sempre. –Tive uma ideia que queria que ouvissem. – Diz, Ritinha! – incentivou o pai, antes de engolir com gosto uma garfada daquela iguaria da mãe. – Pensei que, agora que o campeonato nacional vai começar, podíamos aproveitar a nossa paixão pelo futebol para uma boa causa. – Ah, sim!... E como é isso? – interrompeu o avô António, enquanto se preparava para degustar o seu Alvarinho bem fresquinho . – Cada um de nós, ou cada família, arranja um mealheiro e, sempre que a nossa equipa ganhe um jogo, mete lá uma moeda. No fim do campeonato, abrimos o mealheiro e doamos essa quantia à APPDA Norte. De repente, fez-se silêncio. Até Tomás, o bebé da família, deixou de palrar. – Explica lá isso, Ritinha! – quis saber o tio Miguel, com o copo suspenso na mão. – É fácil. Eu sou portista e todas as vezes que o Porto ganhe, o que acontece quase sempre, ponho uma moeda no mealheiro… – E se o Porto perder? – provocou o tio Miguel, benfiquista desde o berço. – Não ponho nada. Mas isso é muito raro acontecer… – reagiu a Rita. – Bem, então eu não posso entrar nessa iniciativa. – replicou o tio. – Claro que podes. No teu mealheiro, metes uma moeda, sempre que o Benfica ganhe. Acontecerá menos vezes que o Porto, claro, mas a APPDA agradece todo o dinheiro que consigamos arranjar! – foi a vez de Rita o provocar. – E como é que te surgiu essa ideia tão boa, Ritinha? – quis saber o avô António, com o prato quase vazio. – Deve ter sido com um colega da escola. Não, Ritinha? – interrompeu a mãe, não deixando de levar uma colher de sopa à boquinha do pequeno Tomás. – Sim, foi! Quando fui na semana passada ao aniversário do João, um colega que veio para a minha turma este ano, conheci o irmão dele, o Luís, que é autista e está na APPDA, em Gaia. Nunca tinha conhecido um autista e o Luís não é muito parecido com os que aparecem nos filmes. Não tem nenhum dom especial, não fala, isola-se dos outros, é pouco autónomo mas tem um sorriso muito bonito! Soube, durante a festa, que havia uma campanha para angariar fundos, a "Gaia ConVida 2018", e que podíamos todos ajudar indo até ao Cais de Gaia e fazendo umas comprinhas. E, como esta campanha só não chega, então, eu e o João ficamos de pensar numa outra iniciativa que pudesse ajudar a associação. – E surgiu-te logo esta ideia mirabolante? – perguntou o Pedro, em jeito de provocação. – Não foi logo, logo... Foi depois… e foi por causa da avó Sãozinha. – Por minha causa, minha filha?! – espantou-se a avó, enquanto servia ao avô António a segunda dose de bacalhau. – Sim, avó, por tua causa. Sempre que o Porto é campeão, tu costumas, na missa, dobrar a tua oferta, não é? – É sim. Há muitos anos que eu e o teu avô fazemos isso. Não é que a gente acredite que Deus se meta nestas coisas do futebol, Ritinha, mas é uma forma de celebrarmos a vitória do nosso Porto e ajudarmos a igreja, que também tem uma importante missão social. – Então, eu só fiz uns ajustes e mudei o destinatário. Afinal, quase toda a gente gosta de futebol e tem o seu clube preferido. Uma vitória, uma moeda. Não é muito, eu sei, mas pode sempre ajudar. – Bem, Ritinha, eu entro, mas o meu mealheiro é do Boavista, já sabes. – esclareceu a mãe – E mais, se o Boavista for campeão este ano, duplico o valor que estiver no mealheiro! – Espera sentada, mãe! – provocou o Pedro – O Boavista campeão, só se for noutra dimensão!... – Estás enganado, Pedro. – interrompeu o tio Miguel – Há poucos anos atrás, ainda não tinhas nascido, a pantera roubou o título aos três grandes. – Pois foi! – disse o pai – Foi precisamente no ano em que a Rita nasceu. A tua mãe até disse que, nesse ano de 2001, foi abençoada em duplicado. – E qual é o valor da moeda que pomos no mealheiro? – quis saber o avô António. – Bem, acho que cada um põe o que pode ou o que acha que deve pôr. Eu vou pôr um euro. – revelou a Rita. – Eu vou pôr dois euros. – disse o tio Miguel. – Pois, tens a mania que és rico!... – comentou, em jeito de provocação, o avô. – A minha mesada é pequena, por isso só posso pôr cinquenta cêntimos no meu mealheiro… Vou-lhe chamar “As vitórias do Dragão” ou, melhor, “O fogo do Dragão”!... – declarou o Pedro em tom solene. – Eu ponho um euro também… Pelo Dragão, claro! – disse o pai – E, sempre que o Porto ganhar ao Benfica ou ao Sporting, ou numa competição europeia, ponho dois! Afinal, é uma alegria a dobrar… – Vou já telefonar ao Francisco. Ele, desde que está em Londres, deu-lhe para ser também adepto do Chelsea. Pode ser que alinhe na iniciativa e faça mealheiro… O Chelsea costuma ganhar muitos campeonatos, é dinheirinho em caixa! – lembrou o tio Miguel. – Bem, vou também fazer um mealheiro pelo meu velhinho “Salgueiral”. É clube pequenino, mas tem direito à vida como os outros… A vossa avó faz pelo Porto. – sugeriu o avô António. – Também devemos divulgar esta ideia aos nossos amigos e aos colegas no local de trabalho. – acrescentou a Rita. – Bem, se a ideia pega, os mealheiros vão esgotar no mercado… – comentou o tio Miguel. De repente, esboçou um sorriso maroto. – Estou aqui a pensar se o Bruno de Carvalho faria mealheiro pelo Sporting… Agora, coitado, sem os recursos financeiros a que estava habituado, as moedas não lhe devem sobrar… Gargalhada geral. – Ele que olhe pela vidinha dele. Quanto ao Sporting, há muito bons sportinguistas que terão todo o gosto em amealhar as vitórias da equipa. – comentou o avô. – E, se a nossa equipa empatar, como fazemos? – lembrou o Pedro. – Eu vou pôr metade do valor da moeda, cinquenta cêntimos. Porque um empate é meia vitória, não? – hesitou a Rita. – Ou meia derrota! – provocou o Pedro, mais uma vez. – Eu acho que a Ritinha tem razão! É sempre melhor ver o lado positivo da questão. É como a história do copo meio cheio ou meio vazio… – opinou a mãe. – Então, pelo que percebi, os jogos da Taça de Portugal, da Liga dos Campeões e todos os outros também contam?... – indagou o tio Miguel. – Claro que sim… Quantos mais jogos, melhor! – sugeriu a Rita. – Mas há jogos que se realizam depois de o campeonato ter terminado. O que fazemos com essas moedas, uma vez que já abrimos o mealheiro, Ritinha? – sondou o pai. – Ficam para o mealheiro do ano que vem! – respondeu prontamente a jovem. – Estou a ver que tens tudo bem pensado!... – espantou-se a avó Sãozinha. – Claro! Não vinha para aqui propor-vos uma coisa séria sem pensar bem no assunto. – Minha filha, ficavas zangada, se o meu mealheiro fosse para a paróquia? Nós temos um centro de dia e também precisamos de dinheiro… E, como na família já há vários mealheiros para a tua associação de Gaia, o meu não fará assim tanta falta… – indagou a avó Sãozinha. – Claro que não, avó! O que interessa é ajudar quem precisa. E depois há outros momentos e outras campanhas em que podes contribuir para a APPDA. – Bem, uma coisa é certa: neste campeonato familiar há uma equipa que vence sempre! – concluiu o pai. – Ah, sim!... Qual? – perguntou o Pedro. – A APPDA Norte!
Olá, Isaura.
Que ideia brilhante! Causas nobres merecem o nosso apoio. Vais ter muito sucesso, pois não custa nada. E se perderem apesar do pensamento positivo, o meu mealheiro vai ficar receber as moedas enquanto houver jogos.
Beijinhos e bom ano letivo.
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Muito obrigada, Etelvira, pelas tuas palavras e pela participação!
Um bom ano letivo para ti e vitórias felizes a todos os níveis!
beijinho,
IA
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Adoro a Ritinha 😍
Quando for avó, serei a avó Sãozinha e terei todo o gosto em ter uma neta de coração grandioso como o da Ritinha 💝
Conta com o meu mealheiro 😉😍😘🍀🍀🍀🍀
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Olá, Isaura
Que ideia excelente! Vou já tratar disso cá em casa!
Mil beijinhos
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Muito obrigada, Conceição e Ana Paula, pelas vossas palavras e pelo vosso empenho!
Desejo-vos também a vós um bom ano letivo e muitas vitórias felizes!
beijinho,
IA
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Claro, Isaura!
Uma moeda pelo Porto, carago!
Como é na Liga das Nações??
Beijinhos
Dulce
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Dulce, nessa eu não sei. 😉
Bem, eu também jogo com a equipa da seleção nacional.
Pena o empate de ontem, que me levou a pôr no mealheiro só metade do valor da moeda habitual! Enfim, aguardo mais vitórias… E as tuas também, claro!
Muito obrigada pelo teu entusiasmo, Dulce!
beijinho,
IA
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Parabéns, Isaura, pela tua ideia tão genial como simples de realizar.
Divulguei-a no olamariana.blogspot.com
E a história que partilhaste traduz bem a tua generosidade e domínio da escrita.
Espero que a minha caixinha fique com muitas moedas – sinal de vitórias do FCP!!!
E que haja muitas caixinhas que possam ajudar a APPDA Norte.
Um abraço
Dolores
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Mão amiga trouxe-me aqui. Também quero seguir a sugestão da Ritinha. O meu contributo vai depender do Benfica. E do Belenenses. E do Liverpool.
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Cheguei aqui pelo link no blogue Mariana – vou tentar contribuir mas de outra forma porque não ligo assim muito para jogos de futebol
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Dolores, Idalina e “redonda”, muito obrigada pelo vosso empenho e pela divulgação desta iniciativa! A Idalina não corre riscos – coleciona vitórias de três equipas!
Para quem não gosta de futebol, é bem verdade que há outras formas de ser solidário e todos os contributos são bem-vindos! A APPDA Norte agradece! E eu também!
beijinho e vitórias felizes para as três!
IA
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